sexta-feira, 4 de julho de 2008

MEDIOCRIDADE

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Parece medíocre
Viver de alegrias do passado
Repetir frágeis realidades
Nos distancia do tempo eterno
Se calo, por compaixão
Sinto a mediocridade contida em mim
E nas comportas da emoção
Liberto-me assim
Observo-me
Por nada negar internamente
Sapiência e idiotice fazem-me inteira
Na convivência entre os opostos
Sinto-me humana
Sobre humana sou
No ato de me observar
Horas perdendo
Outras ganhando
Omitindo ou revelando
A aparência é pura ilusão!

Quando perdi
Cai nas profundezas de mim
Me encontrei
Na euforia ganhando
Perderei outra vez?

Sem me identificar com o vencedor
Nem com o perdedor
Entrego-me a existência
Que me abraça e faz vibrar
Calando verdadeiramente
Os vãos pensamentos
Que julgam, concluem e se repetem

Eu sou vocês
Idiotas homens sábios
Calo no mundo
Conscientemente falando
Para penetrar em corações
Tumultuados de tantos desejos em vão

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